segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Acho que . . .

. . . Acho que não deveria ter o nome que tem-ou até deveria:

'Às vezes parecia que de tanto acreditar
em tudo que achávamos tão certo...
Teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro...

Mas percebo agora que o teu sorriso vem diferente
Quase parecendo te ferir...
Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...
Às vezes parecia que era só improvisar
E o mundo então seria um livro aberto...
Até chegar o dia em que tentamos ter demais
Vendendo fácil o que não tinha preço...

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém com quem conversar
Alguém que depois não use
o que eu disse contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada que eu segui
E com a minha própria lei...
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...'


*eachoqueapagodepois . . .

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Perfeito não existe . . .

‘Escrito sobre 10/01’

I

. . . Planos para hoje:

*Manhã: acordar cedo, cuidar de sobrinha, arrumar a casa, lavar roupa.

*Tarde: começar a ler o livro que há horas quero ler-mas sempre fico enrolando e acabo lendo outra coisa qualquer. Tentar reiniciar contatos com pessoas que se tornaram, de algum modo, distantes.

*Noite: ver um filme qualquer e logo após visitar alguém que sempre me faz bem.

Um dia que poderia ser bem aproveitado e satisfatório.
Mas, logo pela manhã, o dia se apresenta nublado.
Motivo suficiente para despertar mudanças de planos
(e nem por isso deixar o dia de menor agrado).

Acordo cedo, cumpro obrigações de tia (tarefa realizada com a maior vontade do mundo),
mesmo com a condição de ter que acordar cedo
(entende-se por cedo 8:30).

E isso se torna muito cedo, visto que a madrugada foi longa e irritadiça.
Madrugada de calor e falta de luz
(o que abortou a possibilidade de assistir filme ou começar a ler o livro que há horas quero ler).
E o fim da manhã nublada acabou em horas de sono.
Uma tarde com chuva para acalmar todas e quaisquer preocupações e agonias.
Ou quase...

Toca o telefone. E não sou eu quem o atende.

Nessa!
-Hmmm!!!
-Pra ti.

(Nessa pensa: pqp)

II


- Boa tarde! Senhora Vanessa Ayres?

- Oi . . .

- Eu sou a fulana (fulana porque sempre pronunciam o nome de forma mais arrastada do que o resto das outras palavras), do banco tal (tal pois não tem o porquê fazer propaganda de banco por aqui).

(Nessa pensa: mas eu não to devendo nada)

- A senhora foi contemplada com o nosso plano...e blábláblá. Deixando apenas 50 reais na sua conta a senhora concorre a blábláblá(...)

(Nessa pensa: pensa em alguma desculpa para cortar de vez aquele telefonema mais que inconveniente. Desligar?)
Não, não...atitude de muito mau gosto.
Ou não...!Reluta e acaba por lembrar da desculpa que, na maioria das vezes dá certo- na maioria.

-No momento eu não tô interessada.

E se essa desculpa tinha 99% de dar certo, o um por cento prevaleceu.

- Mas a senhora não tem interesse de ganhar 250 mil reais?

(Nessa pensa: não, acho que acabo de me tornar um ser desinteressado)

-Ã...olha só...(claro que o certo seria falar “escuta só”, mas ninguém é perfeito), na verdade eu acho até que vou encerrar essa conta e...

-Encerrar?

(Nessa pensa: aimeudeus! Eu não tinha nada mais estúpido pra falar?)

Mas tinha outra coisa mais estúpida pra responder...

- Porque sim!

-Mas senhora Vanessa. A senhora não tem sonhos, planos de vida?

(Nessa pensa: a 'apelação' dessas pessoas é pouca)

- Pense senhora Vanessa...a senhora foi contemplada entre tantos cidadões brasileiros (claro que o certo seria falar- bom...acho que vocêssabem-mas ninguém é perfeito).

(Nessa pensa: é...tantos cidadões)

E graças aos cidadões brasileiros eu consegui achar uma boa desculpa para desligar o telefone
(da qual não me lembro- poderia ter anotado para usar na próxima vez. )
Sim...sempre tem a próxima vez.

É . . . perfeito não existe ! ! !
E algumas pequenas coisas- como essas- me abalam.

Obs.: mas a noite de ontem seguiu os planos,
porém, não na mesma ordem.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

E em pouco tempo . . .

". . . Nessa vida vão passar
pessoas como eu e você . . ."

...Há horas sem nada postar!
E agora ainda não há muito tempo para isso!
O pouco tempo fica para longos
e apertados abraços de despedida ! ! ! (elogoosabraçosserãodereencontros)



E em pouco tempo...
o tempo não será pouco.
E tem gente que espera que eu ache
o que insisto nem procurar!!!

"Se quiser viver feliz comigo
Eu faço valer a pena
Esperando o sol nascer
Falando sobre coisas boas
Escolher um som, cantar
Andar pela casa sem roupa
Amando sem fazer de conta
Querendo porque vai dar conta"

PS.: Fotografiaanadaaver_assimcomotantasoutras!
Músicanadaaver_assimcomotantaoutras!_ouno_

segunda-feira, novembro 05, 2007

. . . de incertezas . . .

“... quero não saber de cor, também ...
...pra que minha vida siga adiante...”

(L.H.)

...de incertezas... o oposto destas.

As certezas existem...mesmo que
estabelecidas por tantas incertezas.
Na verdade, incertezas existentes
pela existência de muitas opções.

Mais uma vez...indecisões!!!

Embora alguns pensem que longas conversas sirvam para esclarecer idéias, os diálogos da última semana trouxeram
ainda mais incertezas.
Dessas que são da forma de “indecisão” mesmo.
Não da forma de insegurança e dúvidas.
Não incertezas ruins; incertezas que acabam na mesma(s) certeza(s).

Confusão isso tudo?

Há um ano atrás existia desordem de pensamentos
e até mesmo conflitos de opiniões quanto a outras incertezas.
Agora não.
Hoje tudo se estabelece em dúvidas que de alguma forma acabam na mesma certeza de sempre.

E o quão pode se tornar bom ter incertezas por aí!

E o quanto as incertezas se esvaem,
sem a necessidade de qualquer decisão pensada.
Decisão não subjetiva, porém, ocasionada por acontecimentos
que acabam por tornar possíveis tais decisões:

Término pode ser um sinal contra
qualquer tipo de resignação,
como que o limite para findar
numa espécie de alívio.

. . .

Pois é...e teve quem chegou de lá* e disse
“oi, Nessinha. Tava com saudade”.
E ainda está para chegar mais alguém.
E desta vez a visita virá carregada de mais incertezas-
ou indecisões mesmooo ! ! !

*= PoA

. . .

quarta-feira, outubro 24, 2007

Tooocaaa!

***O desejo é de que o interfone toque logo!
E a ânsia é pra que logo toque!
***

. . . E espero o interfone tocar-
já que a esperança de ouvir o
"Light My Fire" no celular foi-se há horas!

E as últimas noites foram medidas
no tempo de cada página:
tantas páginas lidas...um cigarro.
Um capítulo lido...um café e um cigarro!
Mas, esta noite,
o tempo não terá a medição das páginas.
A ansiedade é tanta que nada mais pode ser feito!

Só resta esperar. . . esperar e esperar ! ! !
- Tocainterfone,toca!

E eu sei que ele vai tocar.
E sei também que alguém vai chegar e dizer:

"Oi, Nessinha. Tava com saudade!"

(purodesabafodeumaabafadanoitedequarta-feira)
. . .

quarta-feira, outubro 10, 2007

"Tão tanto" . . .

. . . Acorda aos gritos mais agudos de “El Amor Después del Amor”.
Descruza os braços que serviam como travesseiro.
Cheiro de café velho, já requentado.
Os acordes da canção seguinte lembram o sentimento que a fez adormecer minutos antes. Anseio que em outras noites seria apenas mais um motivo para deixar as horas passarem inúteis, sem nem ao menos ter os contos preferidos como calmantes.
Sorri.
Coração acelera pela saudade transformada em conforto-
ou acelera pelo cheiro do pó preto?
Prepara calmamente um chá. Esquenta a água. Espera o chá esfriar.
Bebe com uma espécie de contentamento.
A campainha toca. Interrompe a solidão tão desejada naquela abafada noite.
Mas não por muito tempo.
A visita logo vai embora.
Lembra a longa conversa da noite passada.
Sorri mais uma vez.
Lembra a curta conversa de horas antes.
Novamente, sorri.
Coração acelera.
Respira...e respira fundo até sentir os músculos do pescoço esticarem.
Olha para o lado.
Assiste aos livros empilhados, às dezenas de folhas de caderno com anotações só por ela entendidas.
Pensa na longa madrugada que estava por chegar. . .
Tão longa e tão... “tão tanto” que até congelaria os próximos dias
em intermináveis madrugadas iguais a que estava por chegar . . .

terça-feira, setembro 25, 2007

Prova a favor de indecisões, incertezas e rompimentos- até que outra fotografia prove o contrário . . .

. . .

'Tantas dúvidas...ou mais uma vez complicadas indecisões. Não compreendia a diferença entre decidir alguma coisa ou deixar as agonias desencadearem involuntários tremores em
suas mãos, braços e pernas.
As mesmas mãos, que agora estavam com pequenas manchas rosadas de tanto frio, tremiam e queimavam entre as varias doses de café da noite anterior.

Decidir alguma coisa...decidir o quê?
Nem mesmo a longa conversa da noite passada fez algum sentido.
E sentido é o que não via nas coisas que pensava precisar decidir. Ou via...e havia muito sentido nessas dúvidas e indecisões.
E tanto havia que já não mais parava de pensar.
Parou. Ouviu o vento cantarolar frio. Lembrou das últimas noites chuvosas. Pensou...não nas decisões que pensava precisar decidir. Pensou na idiotice que era lembrar as últimas noites,
ainda que chuvosas. Ainda que aproveitas na medida.


Medida...equilíbrio- Isso!
Era ponderação o que faltava.
Ou sobrava. Nem mesmo isso saberia dizer.
Não durante aquela última crise de tremor.
Não conseguia alcançar o livro. Nem queria ler.
Mas não queria pensar...pelo menos não nas coisas que acreditava precisar decidir. Um telefonema talvez ajudasse.
Ou complicasse ainda mais as dúvidas e incertezas.

Lembrou da fotografia. Tal lembrança não era tão idiota como quando se lembrou das últimas noites chuvosas.
E, ao lembrar da fotografia, lembrou também que ao vê-la, escura e desconhecida, não fossem o único conhecido no centro da imagem fria, teve a sua última crise.
Crise de tremor. O motivo do tremor...A fotografia.
Não a fria-imagem-em-si.
Havia sido a descoberta de que o centro
da sua atenção não fora o mesmo da atenção dele naquela não tão distante noite.


Noite que não era chuvosa. Noite que fora apenas uma confirmação do que acreditava que pudesse acontecer- mas não acontecera,
não sabia se aconteceria e descobrira, ao ver a fotografia,
não querer arriscar. O centro da atenção dele estava distorcido, conseguiu perceber. A fotografia fora a confirmação, única segurança de uma certeza, embora todos dissessem que a suspeita, agora com o recorte ratificando o que não queria ter certeza,
fosse apenas delírio de um período de tantas incertezas.

Parou.
Pela última vez parou.
Conseguiu controlar os involuntários tremores.
Então, decidiu decidir o que todos acreditavam
não ser a decisão certa.
De uma vez, decidiu três coisas que nem sabia tratarem mesmo de decisões. Não acreditar no que os outros acreditavam.
Acabar com a dúvida que se transformara em certeza ao compreender que o centro da atenção dele não era igual ao seu naquela noite- ou pelo menos estava distorcido.

E, por último, decidiu decidir a segunda decisão antes da próxima sexta-feira, já que aquele dia de frio e tremor era segunda-feira, mas o fato de ser segunda-feira não interferia em nada, serviria apenas de justificativa para ter decidido um dia para decidir. Organizou pensamentos. Decidiu tudo. Relembrou a fotografia. Confusão. Decidir...decidir o quê? Pra quê?
Impedir que o seu centro de atenção também fosse percebido por uma câmera qualquer...e antes da próxima sexta-feira.'


. . .